Flúor é um elemento químico, símbolo F, de número atômico 9 ( 9 prótons e 9 elétrons ) de massa atómica 19 u, situado no grupo dos halogênios ( grupo 17 ou 7A ) da tabela periódica dos elementos.
Tabela Periódica
Geral
Nome, símbolo, número
Flúor, F, 9
Classe , série química
Não-metal, representativo
(Halogênio)
Grupo, período, bloco
17 ( VIIA ), 2, p
Densidade absoluta
1,696 kg/m3, (ND)
Cor e aparência
Levemente
amarelo-esverdeado
Volume atomico
17.10 cm³/mol
Propriedades físicas
Estado da matéria
gasoso (não-magnético)
Ponto de fusão
53,53 K (-219,62 °C)
Ponto de ebulição
85,03 K (-188,12 °C)
Eletronegatividade
3,98 (escala de Pauling)
Potencial de ionização
1681,0 kJ/mol
Propriedades físicas
Estado da matéria
gasoso (não-magnético)
Ponto de fusão
53,53 K (-219,62 °C)
Ponto de ebulição
85,03 K (-188,12 °C)
Eletronegatividade
3,98 (escala de Pauling)
Potencial de ionização
1681,0 kJ/mol
Descobridor
Apesar dos compostos de flúor serem bastante comuns e conhecidos há bastante tempo, foi apenas em 1886 que foi descoberto um método para remover electrões aos iões de flúor para formar o flúor elementar. Em 1860 Gore conseguiu libertar pequenas quantidades do gás, mas as dificuldades inerentes ao processo de produção do flúor foram apenas superadas em 1886 por Henri Moissan, que isolou a substância por electrólise do ácido fluorídrico tornado condutor pela adição de fluoreto de potássio e hidrogénio. O nome flúor provém do latim fluo ("que corre"), por causa da utilização do fluoreto de cálcio como dissolvente.
Ocorrência
O flúor encontra-se vastamente distribuído pela crusta terrestre. No entanto, não se apresenta em depósitos suficientemente ricos para a exploração comercial. Os principais minérios que contêm flúor são a fluorite (CaF2), a criolite (3NaFAlF3) e a fluorapatite (CaF2 3Ca3 (PO4)2 ). A criolite, ou espato da Gronelândia, é um mineral pouco comum, estando os únicos depósitos comercias localizados na Gronelândia. Possui numerosas aplicações industriais, sendo actualmente produzido sinteticamente a partir da fluorite que é o mais importante mineral de flúor. Encontram-se depósitos de fluorite nos Estados Unidos, México, ex-URSS, China e Europa. De entre as principais aplicações da fluorite destacam-se as da indústria do aço, da produção de ácido fluorídrico e criolite; e da indústria cerâmica. O mineral fluorapatite é, destes três, o que contém menor proporção de flúor (cerca de 3,5%). Ocorre em depósitos maciços nos Estados Unidos, na ex-URSS, no Norte de Africa e nas ilhas do Pacífico. É usado principalmente na indústria de fertilizantes.
Aplicações
Até ao começo da II Guerra Mundial não havia produção comercial de flúor tendo apenas sido as aplicações na tecnologia dos combustíveis nucleares que criaram as maiores necessidades. Efectuaram-se, então, progressos técnicos consideráveis que hoje permitem a produção, armazenamento e transporte, à escala da tonelada, em condições de segurança satisfatórias.
Sob o ponto de vista industrial, o flúor utiliza-se no fabrico de compostos orgânicos fluorados com diversas aplicações: plásticos resistentes a temperaturas elevadas (teflon), produtos farmacêuticos, em particular hormonas, pastas dentífricas, fluidos refrigerantes e veículos para aerossois (freon), etc. Estuda-se também a aplicação do flúor elementar como combustível para propulsão de foguetões.
Ação Biológica
O flúor é um gás extremamente tóxico, não sendo aconselhável a exposição por mais de 8 horas num meio com 0,1 ppm. A partir de uma concentração de 3 ppm, o flúor é detectado pelo seu cheiro, sendo intolerável permanecer numa atmosfera a 50 ppm. A inalação de grandes quantidades de flúor pode causar asfixia bem como lesões várias nos pulmões. Quando em contacto com a pele, o flúor em elevadas concentrações causa queimaduras semelhantes às queimaduras térmicas.
Todos os compostos inorgânicos de flúor são bastante solúveis em água e extremamente tóxicos quando ingeridos, mesmo que em pequenas quantidades; cerca de uma grama de fluoreto de sódio pode ser uma dose fatal. Saliente-se a toxicidade do ácido monofluoroacético que é responsável pelo facto de algumas plantas tropicais serem venenosas.
É um dado adquirido que o flúor, quando em doses moderadas, i.e. cerca de 1ppm, contribui para a redução das cáries dentárias, no entanto quando em doses superiores a 2 ppm pode ter um efeito preverso na higiene oral. Normalmente, este flúor é fornecido através da água da rede pública de distribuição, devendo portanto ser mantida uma apertada e permanente vigilância da sua composição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário